10 Melhores Países para Nômades Digitais em 2025

Com a popularização do trabalho remoto, um novo perfil de profissional tem se destacado: os nômades digitais. Eles são pessoas que trabalham online e não estão presos a um local fixo. Em vez disso, aproveitam essa liberdade para viver em diferentes partes do mundo, muitas vezes buscando destinos com boa infraestrutura, baixo custo de vida e qualidade de vida superior.

Nômades Digitais

Essa nova forma de viver e trabalhar tem transformado o turismo e o mercado imobiliário de diversos países. Cidades que antes recebiam apenas turistas de curta duração agora se preparam para acolher moradores temporários que ficam por meses ou até anos. Muitos governos passaram a criar vistos específicos para nômades digitais, oferecendo vantagens fiscais e facilidades para estadias prolongadas.

Mas nem todo destino é ideal para quem vive nessa rotina. Para escolher bem, é preciso considerar diversos fatores: qualidade da internet, custo de vida, segurança, acesso à saúde, comunidade internacional, infraestrutura de coworking e, claro, burocracia para estrangeiros. Neste artigo, você vai conhecer alguns dos melhores países para nômades digitais, baseados nesses critérios.

1. Portugal: qualidade de vida e estrutura europeia

Portugal tem se consolidado como um dos principais destinos para nômades digitais. O país oferece uma combinação rara: clima ameno, segurança, baixo custo de vida em comparação com outros países da Europa Ocidental e uma infraestrutura moderna. Cidades como Lisboa e Porto são hubs de tecnologia e inovação, com uma comunidade ativa de empreendedores e freelancers internacionais.

Além disso, Portugal lançou o “Visto para Nômades Digitais” em 2022, facilitando a estadia legal de trabalhadores remotos por até um ano, com possibilidade de prorrogação. Outra vantagem é a ampla oferta de coworkings, apartamentos mobiliados e cafés com bom Wi-Fi. Em regiões como a Ilha da Madeira, o governo até criou uma vila dedicada a nômades digitais, com internet de alta velocidade e suporte local.

Leia também: Intercâmbio Voluntário: Como Viajar e fazer o Bem

2. Geórgia: visto gratuito e custo de vida acessível

A Geórgia, localizada entre a Europa e a Ásia, pode não estar nos radares mais óbvios, mas é um dos países mais receptivos a nômades digitais. Desde 2020, o governo oferece o programa “Remotely from Georgia”, que permite que profissionais remotos de mais de 90 países vivam no país legalmente por até um ano.

O custo de vida em cidades como Tbilisi é baixo, especialmente quando comparado à Europa Ocidental. A internet é confiável, há uma boa oferta de apartamentos de curta e média duração, e a cena de cafés e coworkings tem crescido bastante. Para quem busca algo diferente, mas ainda assim seguro e acolhedor, a Geórgia é uma excelente escolha.

3. México: diversidade de destinos e ambiente amigável

O México é um dos países mais populares entre os nômades digitais das Américas. A variedade de destinos que oferecem infraestrutura, cultura rica e baixo custo de vida é enorme. Cidades como Cidade do México, Playa del Carmen e Oaxaca atraem trabalhadores remotos de diferentes partes do mundo.

Além de uma internet razoável, o México tem uma comunidade digital ativa, bons espaços de coworking e opções acessíveis de hospedagem. Não há um visto específico para nômades digitais, mas muitos utilizam o visto de turista, que permite estadias de até 180 dias, com certa flexibilidade. Para quem vem da América Latina, a vantagem adicional é a semelhança cultural e, em muitos casos, a língua.

4. Tailândia: estilo de vida acessível e infraestrutura para expatriados

A Tailândia é um dos destinos mais tradicionais entre os nômades digitais, especialmente em cidades como Chiang Mai, Bangkok e na ilha de Phuket. A principal vantagem é o custo de vida extremamente baixo, combinado com uma boa estrutura para estrangeiros.

Coworkings modernos, cafés com internet rápida, moradia acessível e uma vida noturna agitada tornam o país atraente para quem busca equilíbrio entre trabalho e lazer. O país ainda não oferece um visto específico para nômades digitais, mas há alternativas como o visto de longa duração (LTV) e programas de residência para profissionais qualificados ou empreendedores.

Outro ponto forte é a culinária local, reconhecida mundialmente, e a possibilidade de explorar outras regiões do Sudeste Asiático com facilidade.

5. Estônia: pioneira na digitalização e na residência eletrônica

A Estônia é um dos países mais inovadores da Europa em termos digitais. Foi o primeiro a criar um programa de residência eletrônica, permitindo que estrangeiros abram empresas e façam negócios legalmente no país sem estarem fisicamente presentes. Em 2020, o governo deu mais um passo à frente, lançando o Digital Nomad Visa, que permite que trabalhadores remotos vivam legalmente na Estônia por até um ano.

Tallinn, a capital, é uma cidade moderna, segura e com excelente infraestrutura tecnológica. Apesar do inverno rigoroso, o ambiente é ideal para quem busca produtividade e quer viver em um país digitalmente avançado. A comunidade de nômades é menor do que em países mais tropicais, mas está em constante crescimento.

6. Indonésia: o paraíso dos nômades em Bali

Bali se tornou um dos destinos mais simbólicos da cultura nômade digital. Durante os últimos anos, especialmente após a pandemia, a ilha indonésia atraiu milhares de freelancers, empreendedores e criadores de conteúdo que buscavam um estilo de vida mais livre e próximo da natureza.

O governo da Indonésia anunciou planos para criar um visto específico para nômades digitais, com isenção de imposto para quem ganha de fontes internacionais. Enquanto isso, muitos utilizam o visto de turista ou o de negócios para permanecer na ilha por períodos mais longos.

Apesar da infraestrutura digital não ser perfeita em toda a ilha, cidades como Canggu e Ubud têm coworkings, cafés e comunidades voltadas para o público remoto. O custo de vida é baixo, especialmente em relação ao estilo de vida que a ilha oferece.

7. Colômbia: cultura vibrante e custo acessível

Nos últimos anos, a Colômbia tem chamado atenção dos nômades digitais, principalmente em cidades como Medellín, Bogotá e Cartagena. Medellín, em particular, é famosa pelo clima agradável o ano todo, infraestrutura moderna e crescimento da cena tech.

O governo colombiano lançou um visto específico para nômades digitais em 2022, permitindo que estrangeiros morem no país por até dois anos, desde que comprovem renda remota. A internet é estável nas grandes cidades, os custos são acessíveis, e a hospitalidade local é um atrativo à parte.

Para quem busca um destino na América do Sul com boa qualidade de vida e ambiente urbano moderno, a Colômbia é uma excelente opção.

8. Croácia: cenário europeu com menos burocracia

A Croácia entrou no radar dos nômades digitais ao lançar seu próprio visto para trabalhadores remotos em 2021. Cidades como Zagreb, Split e Dubrovnik passaram a atrair profissionais que desejam viver na Europa com menos burocracia e um custo de vida mais baixo do que países como França ou Alemanha.

A internet é confiável, o litoral croata é considerado um dos mais bonitos do mundo, e a culinária mediterrânea contribui para uma boa qualidade de vida. Além disso, a Croácia faz parte da União Europeia, o que facilita a mobilidade dentro do continente para quem tem cidadania europeia.

9. Cabo Verde: uma alternativa africana estratégica

Pouco lembrado em listas tradicionais, Cabo Verde tem se destacado como uma alternativa interessante para nômades digitais que desejam explorar a África com mais segurança e estrutura. O arquipélago lançou um programa voltado para nômades em 2021, oferecendo estadias de até seis meses com renovação possível.

As ilhas oferecem boa conexão à internet, um ambiente tranquilo, clima agradável e uma população acolhedora. Por estar próximo à Europa, Cabo Verde se torna estratégico para quem quer manter laços com o continente europeu, mas viver com um custo mais acessível.

10. Vietnã: acessibilidade e cultura vibrante

O Vietnã tem se consolidado como um dos destinos mais atrativos no Sudeste Asiático para nômades digitais que buscam custo de vida muito baixo sem abrir mão de infraestrutura e dinamismo urbano. Cidades como Ho Chi Minh (antiga Saigon) e Hanói oferecem uma boa estrutura de coworkings, cafés com Wi-Fi de qualidade e comunidades internacionais em crescimento.

Apesar de ainda não existir um visto específico para nômades digitais, muitos utilizam o visto de turista ou de negócios com renovações periódicas, o que permite estadias de médio prazo. O país também oferece uma cultura gastronômica rica, transporte acessível e paisagens impressionantes, que vão desde as montanhas do norte até as praias tropicais no sul.

O inglês não é amplamente falado fora dos grandes centros, mas o número crescente de expatriados tem estimulado a adaptação local. Para quem deseja explorar a Ásia com orçamento enxuto, o Vietnã é uma excelente base, com ótima conectividade com países vizinhos como Tailândia, Camboja e Malásia.

Quais critérios considerar na escolha?

Não existe um país “perfeito” para todos os nômades digitais. A escolha ideal depende de uma combinação de fatores pessoais e profissionais. Alguns dos pontos mais importantes para avaliar incluem:

  • Qualidade da internet: essencial para quem depende da conectividade para trabalhar.
  • Custo de vida: nem sempre o lugar mais barato é o mais vantajoso, mas o equilíbrio entre custo e qualidade de vida conta muito.
  • Facilidade de visto: verifique quais países oferecem programas específicos ou permitem longas estadias com visto de turista.
  • Segurança e saúde: estabilidade política, baixo índice de criminalidade e acesso a serviços de saúde são fatores fundamentais.
  • Comunidade local e internacional: estar perto de outros nômades pode facilitar a adaptação e criar oportunidades de networking.
  • Estilo de vida desejado: cada país oferece um ritmo de vida diferente — urbano, praiano, cultural, natural, etc.
Nômades Digitais

O estilo de vida dos nômades digitais está cada vez mais popular e, com ele, crescem também as opções de países que oferecem estrutura, facilidades e incentivos para atrair esses profissionais. Seja em cidades modernas da Europa, praias do Sudeste Asiático ou centros culturais da América Latina, há destinos para todos os perfis.

Antes de decidir para onde ir, vale a pena pesquisar bem, entender a legislação local e planejar a viagem com cuidado. O mais importante é que a escolha seja compatível com seu estilo de trabalho, suas metas pessoais e sua expectativa de qualidade de vida. Com o mundo cada vez mais conectado, o número de países que recebem bem os nômades digitais deve continuar crescendo. Isso significa mais oportunidades para viver experiências internacionais, conhecer novas culturas e trabalhar de forma mais livre — mas também mais consciente e responsável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima